[o que é]
Aprender Brincando é um projeto de pesquisa, ensino e extensão do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, concebido e coordenado pela artista e educadora, Izabel Goudart, docente do Setor Curricular de Química. Tem como foco de suas investigações a criação de ambientes criativos, lúdicos e afetivos e metodologias voltadas para desenvolvimento de dinâmicas de aprendizagem colaborativa em rede e de uma estética conectiva.

Compreendemos a estética conectiva como uma modo de propiciar presença, afeto e vínculo por meio da experiência, - o que chamamos de fazer rede. Experiência de participação, de partilha, de colaboração, onde a Arte é o fio que conduz para modos de comunicação centrados no corpo e nos aspectos relacionais entre vários corpos. Centrados nos afetos que são produzidos, na percepção ativa do potencial de criação de cada sujeito e no desenvolvimento de sua potência de agir.

É pensado como um dispositivo de recognição, "Penser autrement" (Foucault). Nas palavras de Viveiros de Castro (2015:25): o pensamento - de pensar "outramente", pensar outra mente, pensar com outras mentes - é comprometer-se como o projeto de elaboração de uma teoria antropológica da imaginação conceitual , sensível à criatividade e reflexividade inerentes à vida de todo coletivo - humano e não-humano.

Tais conceitos aplicados à formação discente e docente são materializados em laboratórios abertos, onde são desenvolvidos projetos colaborativos que articulam arte, ciência, tecnologia e cultura na perspectiva da Arte Colaborativa. Realiza-se uma ação curatorial a partir do convite à artistas, programadores, designers e colaboradores de áreas afins à temática desenvolvida para compartilharem suas pesquisas e produções e a partir destas mediarem o processo junto aos demais participantes, em geral, integrantes da comunidade onde o projeto se realiza.

Enquanto proposições artísticas, os projetos não estão centrados na produção de um objeto de arte ou uma ação performática, também não se trata de produzir uma obra interativa ou arte relacional como discutida por Nicholas Bourriard em Relational Aesthetic (1998), mas se inserem dentro de um corpo de projetos que enfatizam as relações sociais, a coletividade, a colaboração e o engajamento com pessoas e situações “reais”, propiciando um ambiente que estimule a criação e intercâmbio entre todos os que atuam na concretização do projeto proposto. São projetos focados no cotidiano e na problematização dos modos de vida socialmente instituídos, onde os artistas, programadores, designers e demais colaboradores, atuam como mediadores sociais que ativam temporariamente o convívio. Projetos que alargam os conceitos e campos de atuação e produção artística e científica, os modos de produção de conhecimento e que carregam um grande potencial de transformação individual e coletiva.
Concepção
Histórico
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